segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Comentários da prova 1ª ano SSA/UPE (por Daniel Montarroyos e Gustavo Borges)

Infelizmente, a prova não apresenta coerência com o conteúdo divulgado, porquanto a questão 38, sobre demografia, não consta no programa alterado pela UPE no segundo semestre. Houve uma valorização dos temas relacionados à climatologia, em detrimento de outros conteúdos, como: geologia, geomorfologia e recursos hídricos.

Mais uma vez, o nível da prova ficou abaixo das expectativas, exigindo muito pouco da capacidade de interpretação e contextualização.

A elaboração das questões apresenta clareza, não havendo problemas de interpretação por parte do candidato.

As ilustrações apresentam-se nítidas e claras, todas com boa qualidade. No entanto, para uma prova de Geografia, a ausência de ferramentas cartográficas (mapas, imagens de satélite etc.) é um ponto a ser destacado, tendo em vista constituírem um importante instrumento da análise geográfica.

Esperamos que a UPE reveja e anule a questão 38, sobre demografia, uma vez que o conteúdo exigido não consta no programa divulgado para o SSA, triênio 2009-2011.

Resoluções

1) O princípio da extensão ou localização, elaborado por Alexander Von Humboldt, é o princípio básico da Geografia, que destaca a importância das ciências auxiliares, como a cartografia, na delimitação e localização dos fatos geográficos.
Resposta: "e"

2) A Teoria MALTHUSIANA, elaborada pelo economista Thomas R. Malthus relaciona o crescimento populacional e a produção de alimentos, sugerindo o controle da natalidade como forma de evitar a crise de abastecimento alimentar mundial.
Resposta: "c"

3) A questão é bastante simples, abordando a orientação espacial. Como não há a presença do norte de referência e do horário, da região em questão, é impossível dizer se o sentido percorrido pelo rio seja LESTE ou OESTE.

4) A região Norte do Brasil está submetida às invasões da MEC (Massa Equatorial Continental) causando chuvas torrenciais, ao longo do ano, com baixas amplitudes térmicas.
Resposta: "a"

5) O gráfico relaciona a variação de ALTITUDE e TEMPERATURA na atmosfera terrestre. Na região destacada do gráfico, mostra uma elevação da temperatura, quando esta deveria ser mais baixa, evidenciando a INVERSÃO TÉRMICA.
RESPOSTA: "b"

6) A alternativa 2-2 destaca que a poluição atmosférica se concentra na camada ESTRATOSFERA, quando na realidade esta concentração acontece na camada mais baixa da atmosfera, a TROPOSFERA.
Resposta: "0, 1, 3 e 4"

Daniel Montarroyos e Gustavo Borges são professores dp COLÉGIO BOA VIAGEM - CBV -Recife-PE

domingo, 15 de novembro de 2009

Ideologia,é necessário uma para viver? (Por Marcello Borba)

É um marco teórico recorrente, principalmente quando surgem criticas a postura que se vem traçando nos jovens que comporão a sociedade, o fenômeno da despolitização ou falta de ideologia destas pessoas.

Primeiro ponto entender ideologia em seu sentido lato como algo que vem antes de determinado ato. Por exemplo, quando você vai abrir a boca para emitir sua opinião sobre determinado fato você vai argumentar em prol daquilo que defende, acredita ou estudou, pois bem, tudo isso faz parte de uma gama de conhecimento que pode ser denominado ideologia. Acreditar, defender e propor.

Segundo ponto, não estou fazendo nenhum tratado científico ou algo para defender qualquer corrente ideológica.

Ideologia é o que move o mundo? O que fez a Rússia virar socialista foi o fato de algumas pessoas acreditarem numa forma de pensamento. O que fez a Alemanha virar nazista foi o fato dos alemãs daquele tempo acreditarem num ideal.

Então ideologia é algo anterior a qualquer atitude (consciente?) de uma pessoa. Neste ponto estaria dizendo que ideologia é algo racional que acreditamos e, porque não, defendemos.

Porém pode uma ideologia nos cegar, este algo anterior a nós, que determina nossas atitudes pode nos determinar uma visão de mundo sempre marcante por uma linha que pode simplesmente simplificar o fato por aquela forma de corrente que defendemos. Isto é prejudicial porque não é possível enxergar nada a sua frente que sua ideologia não permita, os fatos são ou não são concordantes com sua forma de visão, se são estão certos, se não são, estão errados. Só assim posso explicar a guerra entre muçulmanos e cristãos; socialistas e capitalistas.

Fenômeno pior é o da falta de ideologia, uma cegueira que é complicada de se tratar pois é difícil a pessoa se dizer sem ideologia; estas pessoas são mais fáceis de serem ludibriadas por correntes oportunistas pelo simples fato de não terem uma posição coerente sobre suas atitudes são facilmente convencidas de um ponto que desconhecem, pelo fato de não terem capacidade de reflexão sobre este novo pensamento.

Ideologia é algo bom, muito bom. Viver com um ideal, acreditar, lutar por um marco. O que não deve ser defendida é a ideologia cega que leva ao autoritarismo e endeusamento de uma das várias formas de se enxergar o mundo.

Quando Cazuza profere: ideologia, eu quero uma para viver! Ele estava vivendo um momento de apatia e enfraquecimento de uma corrente ideológica que era a socialista e a “vitória” do capitalismo uma outra corrente que coisifica as pessoas que são de seu sistema tornando-as irracionas, sem saber que estão proferindo uma ideologia e vivendo um estilo de vida posto, às vezes que não é o seu. Então nada mais natural seu pessimismo por ver as pessoas se desiludindo sem perspectivas. Pois o que alimenta uma ideologia é o fato de existir outra oposta a ela, sua função é derruba-la, provar que a sua é melhor. E quando consegue, o que resta? A luta acaba? Não acaba, mas perde sentido até que outra surja, ou a vencida volte para contrapor novamente.

Não quero definir as ideologias como ideologia boa e ideologia má. Não. Mas salientar que das duas posso tirar várias formas de ver o mundo, todas elas corretas e erradas, dependendo do referencial. Para mim a corrente X emite uma verdade válida, para você Y e até a negação de verdade é uma forma de seguir algo, seguir a descrença.

Quando Bertoldt Brecht profere o analfabeto político, ele diz não só a sua forma de pensamento, mas também uma crítica a apatia de vivenciar a política, de enxergar que o mundo ao seu redor, este mundo de crises, continua e sempre continuará a ter diferentes formas de pensamento que o levarão a um fim. Ele condena não só a apatia, mas a inércia, a fraqueza, o orgulho de bater no peito e dizer: “sou alienado e pronto.”

Alienação é isto que causa a cegueira de querer ver só seu pensamento, e a de negar todos os pensamentos. Alienado é simplesmente um ser cheio de si, mas que desconhece o mundo que o cerca.

Ideologia,é necessário uma para viver?

É um marco teórico recorrente, principalmente quando surgem criticas a postura que se vem traçando nos jovens que comporão a sociedade, o fenômeno da despolitização ou falta de ideologia destas pessoas.

Primeiro ponto entender ideologia em seu sentido lato como algo que vem antes de determinado ato. Por exemplo, quando você vai abrir a boca para emitir sua opinião sobre determinado fato você vai argumentar em prol daquilo que defende, acredita ou estudou, pois bem, tudo isso faz parte de uma gama de conhecimento que pode ser denominado ideologia. Acreditar, defender e propor.

Segundo ponto, não estou fazendo nenhum tratado científico ou algo para defender qualquer corrente ideológica.

Ideologia é o que move o mundo? O que fez a Rússia virar socialista foi o fato de algumas pessoas acreditarem numa forma de pensamento. O que fez a Alemanha virar nazista foi o fato dos alemãs daquele tempo acreditarem num ideal.

Então ideologia é algo anterior a qualquer atitude (consciente?) de uma pessoa. Neste ponto estaria dizendo que ideologia é algo racional que acreditamos e, porque não, defendemos.

Porém pode uma ideologia nos cegar, este algo anterior a nós, que determina nossas atitudes pode nos determinar uma visão de mundo sempre marcante por uma linha que pode simplesmente simplificar o fato por aquela forma de corrente que defendemos. Isto é prejudicial porque não é possível enxergar nada a sua frente que sua ideologia não permita, os fatos são ou não são concordantes com sua forma de visão, se são estão certos, se não são, estão errados. Só assim posso explicar a guerra entre muçulmanos e cristãos; socialistas e capitalistas.

Fenômeno pior é o da falta de ideologia, uma cegueira que é complicada de se tratar pois é difícil a pessoa se dizer sem ideologia; estas pessoas são mais fáceis de serem ludibriadas por correntes oportunistas pelo simples fato de não terem uma posição coerente sobre suas atitudes são facilmente convencidas de um ponto que desconhecem, pelo fato de não terem capacidade de reflexão sobre este novo pensamento.

Ideologia é algo bom, muito bom. Viver com um ideal, acreditar, lutar por um marco. O que não deve ser defendida é a ideologia cega que leva ao autoritarismo e endeusamento de uma das várias formas de se enxergar o mundo.

Quando Cazuza profere: ideologia, eu quero uma para viver! Ele estava vivendo um momento de apatia e enfraquecimento de uma corrente ideológica que era a socialista e a “vitória” do capitalismo uma outra corrente que coisifica as pessoas que são de seu sistema tornando-as irracionas, sem saber que estão proferindo uma ideologia e vivendo um estilo de vida posto, às vezes que não é o seu. Então nada mais natural seu pessimismo por ver as pessoas se desiludindo sem perspectivas. Pois o que alimenta uma ideologia é o fato de existir outra oposta a ela, sua função é derruba-la, provar que a sua é melhor. E quando consegue, o que resta? A luta acaba? Não acaba, mas perde sentido até que outra surja, ou a vencida volte para contrapor novamente.

Não quero definir as ideologias como ideologia boa e ideologia má. Não. Mas salientar que das duas posso tirar várias formas de ver o mundo, todas elas corretas e erradas, dependendo do referencial. Para mim a corrente X emite uma verdade válida, para você Y e até a negação de verdade é uma forma de seguir algo, seguir a descrença.

Quando Bertoldt Brecht profere o analfabeto político, ele diz não só a sua forma de pensamento, mas também uma crítica a apatia de vivenciar a política, de enxergar que o mundo ao seu redor, este mundo de crises, continua e sempre continuará a ter diferentes formas de pensamento que o levarão a um fim. Ele condena não só a apatia, mas a inércia, a fraqueza, o orgulho de bater no peito e dizer: “sou alienado e pronto.”

Alienação é isto que causa a cegueira de querer ver só seu pensamento, e a de negar todos os pensamentos. Alienado é simplesmente um ser cheio de si, mas que desconhece o mundo que o cerca.