quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Mortes no trânsito.

Caros amigos,
já faz um bom tempo que estou bastante preocupado com um grave problema da sociedade moderna: as mortes no trânsito. Em todo o mundo o transito ceifa vidas, porém os números brasileiros são alarmantes e disparam na frente de qualquer país do mundo.
No último Natal, só nas estradas federais brasileiras, morreram 196 pessoas em acidentes, que foram causadas por imprudência. No feriado do reveillon foram 99 mortes, segundo a Polícia Rodiviária Federal - PRF (entre 28 de dezembro de 2007 e 1º de janeiro de 2008).
No Brasil, mais de 40.000 pessoas perdem a vida anualmente em acidentes de transito, porém acredita-se que estes números são maiores pois as estatísticas são falhas. O erro humano é, indubitavelmente, responsável pela maior parte dos acidentes registrados. No país, os principais tipos de imprudências determinantes de acidentes fatais, por ordem de incidência, são:

* Velocidade excessiva;
* Dirigir sob efeito de álcool;
* Distancia insuficiente em relação ao veiculo dianteiro;
* Desrespeito à sinalização;
* Dirigir sob efeito de drogas.

Mas, alguns fatores são determinantes para tais imprudências, dentre eles:

* Impunidade / legislação deficiente;
* Fiscalização corrupta e sem caráter educativo;
* Baixo nível cultural e social;
* Baixa valorização da vida;
* Ausência de espírito comunitário e exacerbação do caráter individualista;
* Uso do veículo como demonstração de poder e virilidade.

Recentemente, levantei uma discussão, em uma enquete proposta neste blog, sobre a importância da educação sobre trânsito nas escolas, aos níveis de Ensino fundamental II e médio, como forma de redução para "a guerra no trânsito". O resultado foi surpreendente: 100% dos internautas votaram SIM, essa seria uma saída!

Me pergunto: porque as escolas brasileiras não incluem em seus currículos escolares aulas sobre trânsito? Seria talvez pela falta de mão-de-obra qualificada? Seria pela lei "flexível", (Lei de Diretrizes de Bases) que não as obriga? Seria pelo custo financeiro final? Ou simplesmente porque ensinar sobre segurança no trânsito não é dever das escolas?

Uma coisa é certa. Enquanto "ninguém" faz nada continuaremos a assistir, nos telejornais, a matança (maior que os conflitos no Iraque!), que ocorre nas estradas, a cada feriado ou final de semana. Por mais cuidado que se tenha, tem sempre alguém que acha que a vida não vale nada, e que um carro faz desse alguém um super-homem, imortal!

Precisamos fazer algo, e já! Se algum dos amigos tiver alguma idéia para que possamos alertar a sociedade sobre esse perigo (real e imediato!), entre em contato. Será um prazer sentar e conversar.

CHEGA DE MORTES NO TRÂNSITO! EU QUERO UMA ESTRADA DE PAZ!

Grande abraço a todos.

Saiba mais sobre o assunto em: http://www.transitobrasil.com.br

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Receita de ano novo

Vivemos a expectativa de mais um ANO NOVO. Mas, o que de fato é necessário para se fazer um ANO NOVO? Eu estava listando tudo aquilo que eu gostaria para 2008. Cansei! eram tantas coisas que não caberiam em uma folha de papel.

Como não tenho o dom da escrita (percebe-se claramente! eh! eh!), deixo para todos vocês um belíssimo poema de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, talvez tudo aquilo, que se eu fosse um gênio, teria escrito para vocês!.

RECEITA DE ANO NOVO -Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?).

Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.


FELIZ 2008!