sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

"A VERDADEIRA DÍVIDA EXTERNA."

Caros amigos,

o texto, abaixo, enviado pelo amigo DAVID ROBERTO BANDEIRA da SILVA (Bacharel em Administração e Especialista em Marketing, pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL), nos leva a uma prfofunda reflexão a cerca das relações históricas e econômicas entre os europeus (colonizadores) e nós, americanos (colonizados). Será que nós, realmente, devemos algo a esse povo?

Boa leitura!

"A verdadeira dívida externa."

Eu, Guaicaipuro Cautémoc, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, vim aqui encontrar os que nos encontraram há apenas 500 anos. O irmão advogado europeu me explica que aqui toda dívida deve ser paga, ainda que para isso se tenha que vender seres humanos oupaíses inteiros.

Pois bem! Eu também tenho dívidas a cobrar. Consta no arquivo das índias ocidentais que entre os anos de 1503 e 1660, chegaram à Europa 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata vindos da minha terra!... Teria sido um saque? Não acredito. Seria pensar que os irmãos cristãos faltaram a seu sétimo mandamento.

Genocídio?... Não. Eu jamais pensaria que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue de seu irmão. Espoliação?... Seria o mesmo que dizer que o capitalismo deslanchou graças à inundação da Europa pelos metais preciosos arrancados de minha terra!
Vamos considerar que esse ouro e essa prata foram o primeiro de muitos empréstimos amigáveis que fizemos à Europa. Achar que não foi isso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que me daria o direito de exigir a devolução dos metais e a cobrar indenização por danos e perdas.

Prefiro crer que nós, índios, fizemos um empréstimo a vocês, europeus.
Ao comemorar o quinto centenário desse empréstimo, nos perguntamos se vocês usaram racional e responsavelmente os fundos que lhes adiantamos.

Lamentamos dizer que não!

Vocês dilapidaram esse dinheiro em armadas invencíveis, terceiros reichs e outras formas de extermínio mútuo e acabaram ocupados pelas tropas da OTAN.

Vocês foram incapazes de acabar com o capital e deixar de depender das matérias primas e da energia barata que arrancam do terceiro mundo.

Esse quadro deplorável corrobora a afirmação de Milton Friedmann, segundo a qual uma economia não pode depender de subsídios.

Por isso, meus senhores da Europa, eu, Guaicaipuro Cautémoc, me sinto obrigado a cobrar o empréstimo que tão generosamente lhes concedemos há 500 anos. E os juros.

É para seu próprio bem. Não, não vamos cobrar de vocês as taxas de 20 a 30 por cento de juros que vocês impõem ao terceiro mundo.
Queremos apenas a devolução dos metais preciosos, mais 10 por cento sobre 500 anos. Lamento dizer, mas a dívida européia para conosco, índios, pesa mais que o planeta terra!... E vejam que calculamos isso em ouro e prata. Não consideramos o sangue derramado de nossos ancestrais!
Sei que vocês não têm esse dinheiro, porque não souberam gerar riquezas com nosso generoso empréstimo.
Mas há sempre uma saída: entreguem-nos a Europa inteira, como primeira prestação de sua dívida histórica.

Discurso "A verdadeira dívida externa" do cacique Guaicaipuro Cautémoc numa reunião com chefes de estado da Comunidade Européia, em
2002.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Saiu o listão da COVEST!

Parabéns a todos os feras aprovados no listão da COVEST. Agora é só aproveitar, descansar e separar toda documentação necessária para realização da matrícula. Atenção: fiquem de olho no prazo!

Aos que não foram aprovados não desanimem! A perseverança é uma qualidade dos vitoriosos! Força, sempre em frente!

Gostaria de expressar, em especial, minha felicidade pela aprovação do fera MARCELLO BORGES, aprovado em DIREITO (UFPE). Parabéns, nobre RUBRO-NEGRO!!!!

Sucesso a todos.