quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Metade do mundo vive sob regime democráticos.

A revista inglesa The Economist realizou, em 2008, sua segunda pesquisa sobre a democracia no mundo (mapa abaixo), que avaliou as liberdades civis, o funcionamento do governo, o processo e a pluralidade eleitoral, e a participação e a cultura política da população em 167 países.




Por esses critérios, a revista classificou o regime político das nações em democracias plenas, democracias imperfeitas, regimes híbridos e regimes autoritários. A maioria das democracias plenas está em países desenvolvidos, e há apenas um latino-americano nessa lista, o Uruguai.

Em relação à pesquisa feita em 2006 pela revista, 68 países perderam pontos, enquanto 56 nações melhoraram suas notas. Regimes políticos de oito países subiram de categoria, enquanto quatro baixaram de democracia imperfeita para regime híbrido.

Na América Latina a pontuação subiu de 6,37 para 6,43, enquanto a média geral subiu de 5,52 para 5,55.
fonte: Jornal do Senado, 14 de setembro/2009.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

UE cobra mais reformas dos candidatos de adesão ao bloco

A União Europeia cobrou da Croácia, da Turquia e da Macedônia que acelerem o ritmo de suas reformas para que possam aderir ao bloco. Já para os demais países dos Bálcãs as perspectivas são menos favoráveis.
A Comissão Europeia destacou nesta quarta-feira (14/10) em Bruxelas a realização de "progressos" no processo de ampliação do bloco a fim de incluir os países dos Bálcãs Ocidentais e a Turquia, apesar das dificuldades provocadas pela crise econômica mundial. Também "o pedido de adesão da Islândia confere uma nova dimensão" à agenda da expansão do bloco, disse o comissário europeu de Ampliação, Olli Rehn.

O relatório divulgado anualmente trata dos principais desafios a serem enfrentados para possibilitar a ampliação da União Europeia (UE), que já abriu negociações de adesão com a Turquia e a Croácia e está em vias de iniciá-las também com a Macedônia. Como "potenciais candidatos", o bloco reconhece Albânia, Montenegro, Bósnia-Herzegóvina, Sérvia e Kosovo.
Croácia: "fase final".

Segundo o relatório, as negociações com a Croácia entraram na "fase final", apesar de uma disputa fronteiriça com a Eslovênia, e poderiam estar encerradas ainda até o final deste ano, de modo que o país poderia ingressar no bloco em fins de 2010 ou em 2011.

No entanto, ainda são necessárias várias reformas, especialmente no tocante à Justiça e aos direitos fundamentais. Um dos temas sensíveis é o livre acesso por parte do Tribunal Penal Internacional para a Ex-Iugoslávia a documentos sensíveis da época da guerra na Bósnia. Isso vem sendo cobrado com insistência pelas Nações Unidas.

Turquia: mais Estado de direito

No que diz respeito à Turquia, Rehn considerou que o país "evidenciou novos esforços em matéria de reformas políticas", mas que "a evolução das negociações de adesão depende desta dinâmica de reformas, especialmente a consolidação das liberdades fundamentais e do Estado de direito".

No entanto, o relatório sublinhou a importância do papel desempenhado recentemente pela Turquia na política internacional, de maneira especial no conflito no Oriente Médio e no Cáucaso. Também a normalização das relações com a Armênia recebeu destaque positivo.
Macedônia: sinal verde para negociar adesão

A Comissão decidiu recomendar a abertura de negociações também com a antiga república iugoslava da Macedônia, que "realizou progressos importantes e cumpriu as principais prioridades da parceria de adesão", segundo o relatório. O país havia apresentado sua candidatura em dezembro de 2005.

No entanto, até que seja resolvida sua longa disputa com a Grécia acerca do nome, que Atenas não reconhece por coincidir com uma província grega, as possibilidades de adesão são pequenas, uma vez que a ampliação deve ser aprovada por todos os membros do bloco.
Menos chances no restante dos Bálcãs

O relatório considera "um importante passo à frente" a liberalização do regime de vistos para os Bálcãs Ocidentais, que passará a valer em 2010. No entanto, para muitos países balcânicos a perspectiva não é tão favorável.

"Nestes tempos difíceis de crise econômica, os pedidos de adesão da Albânia e de Montenegro sublinham o permanente poder de atração da UE e nosso papel na promoção da estabilidade, da segurança e da prosperidade", disse o comissário Rehn.

A Bósnia-Herzegóvina "necessita urgentemente acelerar as reformas fundamentais". Já a Sérvia "demonstrou seu empenho em aproximar-se da União Europeia", mas "deve adotar uma atitude mais construtiva nas questões que dizem respeito ao Kosovo".

No Kosovo, "a estabilidade tem-se mantido, mas permanece frágil" e o país "enfrenta desafios importantes, como a garantia do Estado de direito, a luta contra a corrupção e a criminalidade organizada, o fortalecimento da capacidade administrativa e a proteção dos sérvios e das outras minorias".

Num documento separado, a Comissão Europeia propõe aproximar da UE os cidadãos do Kosovo, através, por exemplo, de um diálogo sobre o regime de vistos na perspectiva de uma eventual liberalização, assim que tenham sido realizadas as reformas exigidas. (http://www.dw-world.de/, acesso em 14 de outubro de 2009.)
Atualmente, a UNIÃO EUROPEIA, com sede em Bruxelas na Bélgica, conta com a participação de 27 países membros, sendo que os últimos a ingressarem no bloco foram Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Hungria, Estônia, Letônia, Lituânia, Malta e Chipre, em 2004. Em 2007, foi a vez Romênia e Bulgária se uniram ao grupo.
Hoje, o principal problema no caminho da União Europeia é a aprovação do Tratado de Lisboa, que substitui a fracassada tentativa de criar uma Constituição europeia.